Surge uma nova casta, formada por pessoas iracundas, um chorume criado pelas redes sociais, sob a alcunha de influenciador digital da terceira via. São “profissionais” que já caíram em ostracismo depois de possuírem, em regra, muita relevância por detatacerminado período.
Aparentemente,
por incapacidade própria, não souberam lidar com o sucesso e a vaidade; e pior ainda
administram o fracasso.
Há
muitos desses, mas abaixo serão tratados apenas aqueles que iniciaram seus
passos junto ao incipiente movimento conservador no país e aos
adeptos do espectro político da direita, resultado da revolta contra a espiral do silêncio em
que os conservadores foram envolvidos durante os anos de roubalheira e vergonha protagonizados
pela esquerda no poder (cujos frutos amargos colhemos sem previsão de acabar, em
razão da ampla infiltração).
Tais
personagens, em verdade, ganharam postos e prestígio, mas foram incapazes de se
manter no topo, não fidelizando os seguidores que foram conquistados apenas por
defenderem as ideias que, sem justificativa plausível (ou quiçá por algum tipo
de ameaça ou oferecimento de vantagens desconhecidos), passaram a ofender de uma
hora para a outra.
Alguns
foram abandonados pelos verdadeiros produtores do conteúdo que apresentavam e
tiveram que lidar com a própria deficiência cognitiva para continuar seu
trabalho. Como não poderia ser diferente, falharam fragorosamente na abordagem de
temas que não dominam. O público mais qualificado percebeu a farsa e se afastou,
restando-lhes apenas gritar e xingar os agora desafetos.
Outros,
por vaidade ou inveja, aparentemente traíram as convicções que os levaram ao
sucesso. Alegando que "pensam com a própria cabeça" (o
propriomiolismo), passaram a ofender seus companheiros de viajem, em especial os
mais capacitados, pois não se dignam a olhar para baixo, apenas atiram para
cima.
Interessante
observar que todas essas subcelebridades que ascenderam e decaíram
meteoricamente, atraíram para si espécies de peixes-piloto que buscavam
ascensão profissional ou financeira; e eles não se opuseram porque é bom para
sua imagem manter a panca de influente entre os influentes. Os peixes-piloto, como
desde sempre foram personas irrelevantes, seguiram-nos forçosamente ou até mesmo
por desconhecerem outro caminho.
Voltando
aos influenciadores decadentes, a perda de likes, de joinhas e de comentários
babaovísticos forjou pessoas frustradas, que não reagiram bem à irrelevância que
já era esperada pelos conscienciosos. Aliadas à imaturidade, essas
circunstâncias as levou a protagonizar situações vexaminosas e passíveis de dura
repreensão pela baixeza de certas ações que levaram a efeito.
Como diria Fausto Silva, a fauna (desses pseudo-qualquer-coisa)
é grande e abarca desde editores de livros a políticos, passando por figuras
públicas, analistas políticos, músicos, chargistas, portadores de diplomas de
Filosofia, publicitários, notórios trambiqueiros, jornalistas, funkeiros e profissionais
das mais variadas áreas.
Espera-se que a birra não os conduza a aderir à
escumalha que pretende enterrar o país de vez com o seu projeto de poder.
Todos seremos vítimas, com a exceção dos amigos do
rei, mas uma coisa é mais certa que as outras: a revolução devora seus filhos,
e normalmente os primeiros a sucumbir são aqueles que cerraram fileiras com os
que ocupam o poder, para não se verem tentados a tomarem-no para si.
Fernando César Borges Peixoto
Advogado, niteroiense,
gosta de escrever e, de certa forma, é um saudosista
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