Era
finzinho da década de 70, início da de 80 do século passado, e um boteco a
poucos passos de minha casa foi transformado numa "hamburgueria".
Tratava-se
de uma notícia alvissareira, uma novidade que mexeu com o povo do bairro.
A
partir de então, travei uma batalha cruenta contra o desejo incontrolável de
comer aquele acepipe, que ficava ainda mais delicioso aos olhos de uma criança/pré-adolescente
da periferia.
Sim,
amigos, falhei miseravelmente!
Ali e
por todo o resto de minha vida, no tocante àquele disco de carne moída inserido
num pão fofinho, que será acrescido de vários acompanhamentos, segundo a fome,
a disposição e o gosto do consumidor.
E o
que poderia eu pretender?
Se não
consegui vencer a luta contra o hambúrguer do Carlinhos - era esse o nome
daquele monstro sem sentimentos...
Eu
dizia: "se não consegui vencer a luta contra o hambúrguer do
Carlinhos...", como poderia encarar impérios como o do Bob's e o do
palhaço?
Fernando César
Borges Peixoto
Advogado, niteroiense, gosta de escrever e, de certa
forma, é um saudosista.
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