Jair
Messias Bolsonaro foi eleito Presidente da República Federativa do Brasil, em
2018, com 57 milhões de votos de brasileiros que optaram por jogar na lata do
lixo todo o modo de fazer política então vigente. Eles queriam romper com as
ideias e ações de um establishment corrupto, elitista, alheio às suas pretensões,
que sempre agiu em defesa dos interesses próprios e com ganas de extirpar da
sociedade todos os resquícios da nossa matriz civilizacional.
É
flagrante o temor da revelação (felizmente, já constatada por muitos) de que o
país não se desenvolve porque os donos do poder não permitem, para preservar e
aumentar seus privilégios; e que a pobreza e a dependência do Estado são
mantidas porque geram votos e sustentam a submissão da população. Teme-se,
inclusive, a promoção da verdadeira revolução do Estado no trato com a
população que o governo do conservador Bolsonaro pode realizar, e é por isso
que o establishment, contando com uma imprensa subserviente e militante 1, usa a própria máquina
pública contra o Chefe do Executivo para sabotar seus planos e atrapalhar suas
ações.
O
grito das vítimas do atraso artificialmente provocado por uma casta que se
entende superior vem sendo sufocado. A “casta superior” se articulou e vem
jogando pesado e de forma desonesta, esperneando, censurando, criando factoides
e tribunais de exceção para conter o avanço conservador.
Os
eternos vencedores continuam vencendo, pois essa nova (e real) oposição não é
estruturada, e por isso não oferece resistência inteligente nem uma alternativa
robusta. Segue apenas na garra, defendendo a verdade (o que já é muito), e de forma
orgânica; e impressiona pelo volume.
Aos
defensores da verdade, movidos pela revolta dos justos, mas ainda
desarticulados, cabe perguntar: até quando ficarão dispersos?
Nota
1 “Algumas verdades
precisam ficar muito claras para o leitor da grande mídia. A primeira delas é
que os meios de comunicação modificaram sua função, passando desde sua função
ideal informativa para a transformadora da sociedade. A segunda é uma
consequência da primeira: o mundo retratado pelos jornais é bastante diferente
do mundo existente na mente da maioria da população e mais diferente ainda do
mundo real em que todos vivemos. O viés ideológico na mídia é hoje algo fora de
dúvida”. (DEROSA, Cristian. Fake news:
quando os jornais fingem fazer jornalismo. Florianópolis: Estudos
Nacionais, p. 40). Assim, estudantes de jornalismo aprendem na Academia que a
profissão os capacita como “agentes da transformação social”, o que os leva a
abandonar o compromisso ético de apresentar os fatos da forma mais próxima da
verdade para esconder fatos ou criar narrativas adequadas aos seus propósitos.
Fernando César Borges
Peixoto
Advogado, niteroiense, gosta de escrever e, de certa forma, é um saudosista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário