É preciso tirar o véu de democrata e
intelectual com que a esquerda cobre Ciro, contumaz falseador de números, que
desdiz o que disse, e não passa de um truculento agente revolucionário fantoche
do esquema russo-chinês.
Ciro no Foro de São Paulo, Daciolo e Zé Dirceu
O articulador do PT nas sombras, Zé Dirceu, no
programa “Provocações”, listou os países da América Latina presididos por
esquerdistas ligados ao Foro de São Paulo, e que do encontro do Grupo de
Marbella, os únicos que ainda não haviam chegado à Presidência eram Ciro Gomes
e Cárdenas (mexicano). Ele também falou que a união
desses políticos é condição para continuarem os avanços para a integração da
América Latina, com a instauração do Banco do Sul, a consolidação do Mercosul,
a integração energética, a construção do gasoduto, e a criação da zona de
livre-comércio entre todos os países (Bloco 1: https://www.youtube.com/watch?v=rffeSETvrrc;
Bloco 2: https://www.youtube.com/watch?v=jN9jm6CNBCk;
e Bloco 3: https://www.youtube.com/watch?v=9S5QwwV6Jdc).
No
debate entre presidenciáveis realizado na Rede Bandeirantes, Cabo Daciolo afirmou
que Ciro era um dos fundadores do Foro de São Paulo, e pediu para ele explicar
o que seria o plano URSAL. Ciro fez um gracejo, e respondeu: “Eu não sei o que
é isso. Não sou fundador do Foro de São Paulo. E acho que está respondido” (https://www.youtube.com/watch?v=7ANqSdWvTlo).
Heitor
de Paola já havia falado na intenção dessas lideranças esquerdistas, de formarem
um bloco com o apoio do maior número de países, que seria chamado URSAL (Unión
de las Republicas Socialistas de America Latina) ou pelo título já proposto anteriormente:
ALBA (Alternativa Bolivariana para las Americas). (Heitor de Paola. O eixo do mal latino-americano e a nova
ordem mundial. Observatório Latino, 2016, p. 192)
Ciro com a mão na massa
Ciro é conhecido por possuir forte relação com
a mentira, com a criação de dados e números ao falar em público, com tom
professoral, buscando dar ares de veracidade e de importância a seus
argumentos; e com a mania de afirmar que não disse o que disse, fazendo
malabarismos para “provar” que “não foi bem assim” quando alguém apresenta o
material gravado (bendita era digital).
Ele
chamou a oposição venezuelana, que enfrenta uma ditadura assassina, de “fascista,
neonazista, entreguista, vendilhã da pátria”, usando, inclusive, o discurso
piegas do imperialismo norteamericano; e é fato veiculado pela página do seu
atual partido (PDT), em julho de 2017, um encontro com o Partido Comunista
Chinês (PCCh) para promover sua candidatura de Ciro e falar da “integração das
instituições com foco no desenvolvimento social”.
Nesse
encontro, aliás, o secretário-geral do PDT falou da necessidade de buscar compromisso
com aliados como a China, “uma nação justa, democrática e socialista”, para um
possível enfrentamento ao governo de Donald Trump.
O
representante do PCCh declarou, entre outras coisas, que “os partidos têm semelhanças
nas ideologias. Com base nos princípios de independência, estamos totalmente
dispostos a fortalecer o intercâmbio, o conhecimento e a confiança” (http://www.pdt.org.br/index.php/pdt-e-partido-comunista-da-china-fortalecem-parceria-e-discutem-candidatura-de-ciro/).
Quem é o Partido Comunista Chinês na fila do pão?
O PCCh, como é a finalidade de países
socialistas/comunistas, confunde-se com o próprio Estado, e o ditador da China,
Xi Jinping, recebeu poderes ilimitados do parlamento chinês para o exercício do
mandato presidencial, e teve o nome incluído nos estatutos do Partido Comunista
do país, honraria que só Mao Tsé-Tung havia recebido.
O país desenvolveu um modelo próprio de socialismo,
que de um lado admite certa abertura econômica,
reduzindo, na medida do possível, as barreiras à entrada de investimentos
estrangeiros; e de outro exerce forte controle sobre a mídia e a internet, reprime
a sociedade civil, persegue religiões, ativistas dos direitos humanos e adversários
políticos.
Na
abertura do Congresso do PCCh de 2017, o líder, que não considera necessária a
realização de reformas políticas, disse que mergulharia o país numa “nova era
socialista”, e traçou como meta chegar à posição de líder mundial até 2050 (https://g1.globo.com/google/amp/mundo/noticia/parlamento-chines-altera-constituicao-e-xi-jinping-pode-ficar-na-presidencia-por-tempo-ilimitado.ghtml;
e https://oglobo.globo.com/mundo/xi-jinping-defende-autoridade-promete-nova-era-do-partido-comunista-na-china-21960015?versao=amp).
Esse é o
parceiro de Ciro Gomes na condução do Brasil, caso seja eleito.
Partidos de esquerda – farinha do mesmo saco
Segundo Ciro Gomes, sua vitória nas eleições
seria a única chance de Lula sair da prisão. A seu ver, “o Brasil não terá paz”
enquanto ele estiver preso. E como não poderia ser diferente, repetiu o mesmo
discurso autoritário petista, dizendo que vai “restaurar a autoridade do poder
político” ao fazer com que juízes e membros do Ministério Público voltem às
suas “caixinhas”.
Também afirmou que, embora zangado, “cansou de
avisar a Lula” sobre a corrupção (ele chamou de problemas) em seu governo, mas
ainda assim ajudou a ele e a Dilma, mesmo sabendo que “ia dar problemas” e
vendo “as coisas acontecendo” (https://oglobo.globo.com/brasil/lula-so-tem-chance-de-sair-da-prisao-se-gente-assumir-poder-diz-ciro-22916212?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=O%20Globo).
Zé Dirceu, quando preso, deu uma Gramsci, e
escreveu algumas cartas do cárcere. Nelas consta que o PT iria virar ainda mais
à esquerda: “Nada será como antes e não voltaremos a repetir os erros.
Seguramente, voltaremos com um giro à esquerda para fazer as reformas que não
fizemos na renda, riqueza, poder, a tributária, a bancária, a urbana e a política.
Não se iludam vocês e os nossos. Não há caminho de volta. Quem rompeu o pacto
que assuma as consequências”. Na ocasião, ele afirmou que nada impediria o PT
de apoiar a candidatura de Ciro Gomes no 1º ou no 2º turno (http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,da-cadeia-dirceu-defende-mudanca-no-pt-e-quer-guinada-a-esquerda-em-2018,70001761169).
Quando Ciro estava bem posicionado nas pesquisas, Lula também
conclamou seus eleitores a firmarem um pacto com ele no segundo turno, por ser
“um candidato do mesmo campo político” (https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/06/lula-pede-a-petistas-que-facam-pacto-de-nao-agressao-com-ciro.shtml).
Porém, como a candidatura não decolou, de
dentro da cela, Lula assumiu o posto de coordenador da candidatura do seu
poste, Andrade. E para inflar a campanha, vem cooptando caciques do
Norte-Nordeste, determinando a entrega de dinheiro e prometendo participação no
novo governo.
A campanha de Ciro foi das mais atingidas.
Exemplo disso foi o Maranhão. Querendo apoio para Haddad, Lula mandou o
governador Flávio Dino (PCdoB) largar Ciro, e pediu ao mensaleiro Valdemar Costa
Neto para injetar os R$ 6 milhões pedidos pelo deputado Weverton Rocha (PDT),
para sua campanha. O avião que levava o dinheiro caiu, mas foi recuperado e
chegou ao seu destino. Mas o pior mesmo foi a interferência no Ceará, terra de
Ciro. O governador Camilo Santana, do PT, foi avisado com severidade que
deveria largar Ciro e apoiar Haddad, e o resultado não está sendo bom para o
coroné (https://istoe.com.br/como-lula-opera-a-campanha-da-cadeia/).
Ciro sofre com isso, mas tudo bem, vale tudo
pela causa. Sabe que “o bom cabrito não berra”, e pode ser que sobre um
ministério bacana, ou uma estatal nos trinks.
O que o aguarda, o futuro dirá.
Fernando
César Borges Peixoto
Advogado,
niteroiense, conservador, gosta de escrever e, de certa forma, é um saudosista.
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